O que são os Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCN — são referências para
os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país. O objetivo dos PCN é
garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com
condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do
conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício
da cidadania. Não possuem caráter de obrigatoriedade e, portanto,
pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.
A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCN
não são uma coleção de regras que pretendem ditar o que os professores
devem ou não fazer. São, isso sim, uma referência para a transformação
de objetivos, conteúdos e didática do ensino.
Ensino Fundamental – 1.ª a 4.ª série
Têm como objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a
revisão e/ou elaboração da proposta curricular dos estados ou das
escolas integrantes dos sistemas de ensino.
Os PCN de 1.ª a 4.ª série estão divididos em 10 volumes:
Volume 1 — Introdução aos PCN
Volume 2 — Língua Portuguesa
Volume 3 — Matemática
Volume 4 — Ciências Naturais
Volume 5.1 — História e Geografia
Volume 5.2 — História e Geografia
Volume 6 — Arte
Volume 7 — Educação Física
Volume 8.1 — Temas Transversais — Apresentação
Volume 8.2 — Temas Transversais — Ética
Volume 9.1 — Meio Ambiente
Volume 9.2 — Saúde
Volume 10.1 — Pluralidade Cultural
Volume 10.2 — Orientação Sexual
Ensino Fundamental — 5.ª a 8.ª série
Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos
currículos e servem de eixo norteador na revisão ou elaboração da
proposta curricular das escolas.
Volume 1 — Introdução aos PCN
Volume 2 — Língua Portuguesa
Volume 3 — Matemática
Volume 4 — Ciências Naturais
Volume 5 — Geografia
Volume 6 — História
Volume 7 — Arte
Volume 8 — Educação Física
Volume 9 — Língua Estrangeira
Volume 10.1 — Temas Transversais — Apresentação
Volume 10.2 — Temas Transversais — Ética
Volume 10.3 — Temas Transversais — Pluralidade Cultural
Volume 10.4 — Temas Transversais — Meio Ambiente
Volume 10.5 — Temas Transversais — Saúde
Volume 10.6 — Temas Transversais — Orientação Sexual
Volume 10.7 — Temas Transversais — Trabalho e Consumo
Volume 10.8 — Temas Transversais — Bibliografia
Ensino Médio
Os PCN para o Ensino Médio têm por objetivo auxiliar os educadores na
reflexão sobre a prática diária em sala de aula e servir de apoio ao
planejamento de aulas e ao desenvolvimento do currículo da escola. Os
documentos estão assim apresentados:
Bases Legais;
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Arte e Informática);
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (Biologia, Física, Química, Matemática);
Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia e Política).
Fonte: Educacional.com
Para baixar os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais em formato PDF, completos, clique nos links
abaixo: Os arquivos são do Portal do MEC. Após aberto, se quiser salvar
offline, clique na página e depois em salvar como... pdf. Nomeie o
arquivo e escolha o local de salvamento.
Logo abaixo, estão sugestões, idéias e comentários sobre os PCNs:
Você pode baixar cada PCN comentado clicando nos links diretos:
O que são Temas transversais?
• Prática voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e
responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do
princípio da participação. Por isso foram incorporados como temas
Transversais as questões referentes à Ética, Pluralidade Cultural, Meio
Ambiente, Saúde, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo.
• Correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob varias formas na vida cotidiana.
• Devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da escola.
• Estão nas diversas áreas pq são questões sociais. Tratam de processos
intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias,
alunos e educadores.
• Já estão, implícita ou explicitamente, no currículo escolar.
• A complexidade exige sejam explicados nos diferentes campos do conhecimento.
• Necessidade desses Temas serem trabalhadas de forma contínua, sistemática, abrangente e integradas não áreas ou disciplinas.
• Transversalidade: pretende integrar as áreas convencionais de forma a
estarem presentes em todas elas, relacionadas as questões da atualidade e
que sejam orientadores também do convívio escolar.
• Os Temas formam um conjunto articulado.
• TRANSVERSALIDADE: diz respeito, principalmente, a dimensão
didática. À possibilidade de se estabelecer uma relação entre aprender
conhecimentos teoricamente sistematizados e as questões da vida real e
de sua transformação.
- promove uma concepção abrangente dos diferentes objetos de
conhecimento, bem como a percepção da implicação do sujeito de
conhecimento;
- Abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares.
• INTERDISCIPLINALIDADE: refere-se a uma abordagem epistemológica dos
objetos de conhecimento. Questiona a segmentação dos diferentes campos
de conhecimento produzida por uma abordagem que não leva em conta a
inter-relação e influencia entre eles – questiona a visão
compartimentada (disciplinar).
FONTE: PCN – Temas transversais.
Eixos Metodológicos: forma. Função, estrutura e processo.
FORMA –De acordo com Santos, Forma é o aspecto visível, exterior,
de um objeto, seja visto isoladamente, seja considerando-se o arranjo
de um conjunto de objetos, formando um padrão espacial. Uma ca¬sa, um
bairro, uma cidade e uma rede urbana são formas espaciais em diferentes
escalas. Ressalte-se que a forma não pode ser consi¬derada em si mesma,
sob o risco de atribuir a ela uma autonomia de que não é possuidora. Se
assim fizermos estaremos deslocando a forma para a esfera da geometria, a
linguagem da forma, caindo em um espacialismo estéril. Por outro lado,
ao considerarmos isolada¬mente a forma espacial apreenderíamos apenas a
aparência, aban¬donando a essência e as relações entre esta e a
aparência.
FUNÇÃO:A noção de função implica uma tarefa, atividade ou papel a
ser desempenhado pelo objeto criado,a forma. Habitar, vivenciar o
cotidiano em suas múltiplas dimensões - trabalho, compras, lazer, etc. -
são algumas das funções associadas à casa, ao bairro, à cidade e à rede
urbana.
Não é possível dissociar forma e função da análise do espaço.
ESTRUTURA: inserindo a forma e função na estrutura social, sem o
que não captaremos a natureza histórica do espaço. A estrutura diz
respeito à natureza social e econômica de uma sociedade em um dado
momento do tempo: é a matriz social onde as formas e funções são criadas
e justificadas.
PROCESSO: é definido como uma ação que se realiza, via de regra,
de modo contínuo, visando um resultado qualquer, implicando tempo e
mudança. Os processos ocorrem no âmbito de uma estrutura social e
econômica e resultam das contradições internas das mesmas. Em outras
palavras, processo é uma estrutura em seu movimento de transformação.
Ressalte-se que se considerarmos apenas a estrutura e o processo
estaremos realizando uma análise a-espacial, não-geográfica, incapaz de
captar a organização espacial de uma dada sociedade em um determinado
momento, nem a sua dinâmica espacial.
Por outro lado, ao considerarmos apenas a estrutura e a forma estaremos
eliminando as mediações (processo e função) entre o que é subjacente (a
estrutura) e o exteriorizado (a forma). Como afirma Santos:
FONTE:
CORREA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da geografia. In: Gegrafia: conceitos e temas..
Conceitos básicos - Fonte: PCN – Ensino Médio
Conceito Concepção norteadora Elementos de aprofundamentos
Espaço geográfico
Conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios,
ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção,
circulação. consumo de mercadorias. relações familiares e cotidianas)
que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele
produzem, lutam, sonham. vivem e fazem a vida caminhar. (Milton Santos)
O espaço é perceptível, sensível, porém extremamente difícil de ser
limitado, quer por dinâmica. q pela vivência de elementos novos e
elementos permanência. Apesar de sua complexidade,ele apresenta
elementos de unicidade. Interferem mesmos valores, que são atribuídos
pelo próprio humano e que resultam numa distinção entre espaço absoluto -
cartesiano - uma coisa em si mesmo, independente; e um espaço
relacional que apresenta sentido (e valor) quando confrontado outros
espaços e outros objetos.
Paisagem
Unidade visível do arranjo espacial, alcançado por nossa visão.
Contém elementos impostos pelo homem por me de seu trabalho, de sua
cultura e de sua emoção. Nela se desenvolve a vida social e, dessa
forma, ela pode ser identificada informalmente apenas mediante a
percepção, mas também pode ser identificada e analisada de maneira
formal, de mo seletivo e organizado; e é neste último sentido que a
paisagem se compõe como um elemento conceitual de interesse da
Geografia.
Lugar Porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e cria identidade.
Guarda em si mesmo as noções de densidade técnica, comunicacional,
informacional e normativa. Guarda em si a dimensão da vida, como tempo
passado e presente. É nele que ocorrem as relações de consenso.
Conflito, dominação e resistência. É nele que se dá a recuperação da
vida. E o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente.
Território
Porção do espaço definida pelas relações de poder, passando assim da delimitação natural e econômica para a de divisa social.
O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria
relação de territorialidade. que se constitui em outro importante
conceito da Geografia. Ela se define como a relação entre os agentes
sociais políticos e econômicos, interferindo na gestão do espaço. A
delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio
e apropriação nele instaladas. É, portanto uma porção concreta. O
território pode, assim, transcender uma unidade política, e o mesmo
acontecendo com o processo de territorialidade, sendo que este não se
traduz por uma simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob as
relações variadas, desde as mais simples até as mais complexas.
Escala
Distinguem-se dois tipos ou duas visões básicas: a escala cartográfica e
a escala geográfica. A primeira delas é, a priori. uma relação
matemática que implica uma relação numérica entre a realidade concreta e
a realidade representada cartograficamente.
No caso da escala geográfica, trata-se de uma visão relativa a elementos
componentes do espaço geográfico, tomada a partir de um direcionamento
do olhar científico: uma escala de análise que procura responder os
problemas referentes à distribuição dos fenômenos.
Para a escala cartográfica, é essencial estabelecer ¬os valores
numéricos entre o fato representado e a dimensão real do fato ocorrente.
No entanto, essa relação pode pressupor a escolha de um grau de
detalhamento que implique a inclusão de fatos mais ou menos visíveis,
dentro de um processo seletivo que considere graus de importância para o
processo de representação.
No caso da escala geográfica, o que comanda a seleção dos fatos é a
ordem de importância dos mesmos no contexto do tema que está sendo
trabalhado. Há, nesse caso, uma seleção efetiva dos fatos a partir dos
diversos níveis de análise, que já se tentou agrupar em unidades de
grandeza, o que pode ser discutível.
e redes
O fato gerador é o processo de globalização, que corresponde a uma etapa
do processo de implementação de novas tecnologias, que acabaram por
criar a intercomunicação entre os lugares em tempo simultâneo. Para sua
ocorrência, torna-se fundamental a apreensão das técnicas pelo ser
humano e a expressão das redes. que não se restringem à comunicação, mas
englobem todos os sistemas de conexão entre os lugares. A globalização é
basicamente assegurada pela implementação de novas tecnologias de
comunicação e informação, isto é, de novas redes técnicas que permitem a
circulação de idéias, mensagens, pessoas e mercadorias, num ritmo
acelerado, criando a interconexão dos lugares em tempo simultâneo.
O que são os Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCN — são referências para
os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país. O objetivo dos PCN é
garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com
condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do
conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício
da cidadania. Não possuem caráter de obrigatoriedade e, portanto,
pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.
A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCN
não são uma coleção de regras que pretendem ditar o que os professores
devem ou não fazer. São, isso sim, uma referência para a transformação
de objetivos, conteúdos e didática do ensino.
Ensino Fundamental – 1.ª a 4.ª série
Têm como objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a
revisão e/ou elaboração da proposta curricular dos estados ou das
escolas integrantes dos sistemas de ensino.
Os PCN de 1.ª a 4.ª série estão divididos em 10 volumes:
Volume 1 — Introdução aos PCN
Volume 2 — Língua Portuguesa
Volume 3 — Matemática
Volume 4 — Ciências Naturais
Volume 5.1 — História e Geografia
Volume 5.2 — História e Geografia
Volume 6 — Arte
Volume 7 — Educação Física
Volume 8.1 — Temas Transversais — Apresentação
Volume 8.2 — Temas Transversais — Ética
Volume 9.1 — Meio Ambiente
Volume 9.2 — Saúde
Volume 10.1 — Pluralidade Cultural
Volume 10.2 — Orientação Sexual
Ensino Fundamental — 5.ª a 8.ª série
Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos
currículos e servem de eixo norteador na revisão ou elaboração da
proposta curricular das escolas.
Volume 1 — Introdução aos PCN
Volume 2 — Língua Portuguesa
Volume 3 — Matemática
Volume 4 — Ciências Naturais
Volume 5 — Geografia
Volume 6 — História
Volume 7 — Arte
Volume 8 — Educação Física
Volume 9 — Língua Estrangeira
Volume 10.1 — Temas Transversais — Apresentação
Volume 10.2 — Temas Transversais — Ética
Volume 10.3 — Temas Transversais — Pluralidade Cultural
Volume 10.4 — Temas Transversais — Meio Ambiente
Volume 10.5 — Temas Transversais — Saúde
Volume 10.6 — Temas Transversais — Orientação Sexual
Volume 10.7 — Temas Transversais — Trabalho e Consumo
Volume 10.8 — Temas Transversais — Bibliografia
Ensino Médio
Os PCN para o Ensino Médio têm por objetivo auxiliar os educadores na
reflexão sobre a prática diária em sala de aula e servir de apoio ao
planejamento de aulas e ao desenvolvimento do currículo da escola. Os
documentos estão assim apresentados:
Bases Legais;
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Arte e Informática);
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (Biologia, Física, Química, Matemática);
Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia e Política).
Fonte: Educacional.com
Para baixar os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais em formato PDF, completos, clique nos links
abaixo: Os arquivos são do Portal do MEC. Após aberto, se quiser salvar
offline, clique na página e depois em salvar como... pdf. Nomeie o
arquivo e escolha o local de salvamento.
Logo abaixo, estão sugestões, idéias e comentários sobre os PCNs:
Você pode baixar cada PCN comentado clicando nos links diretos:
O que são Temas transversais?
• Prática voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e
responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do
princípio da participação. Por isso foram incorporados como temas
Transversais as questões referentes à Ética, Pluralidade Cultural, Meio
Ambiente, Saúde, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo.
• Correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob varias formas na vida cotidiana.
• Devem ser incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educativo da escola.
• Estão nas diversas áreas pq são questões sociais. Tratam de processos
intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias,
alunos e educadores.
• Já estão, implícita ou explicitamente, no currículo escolar.
• A complexidade exige sejam explicados nos diferentes campos do conhecimento.
• Necessidade desses Temas serem trabalhadas de forma contínua, sistemática, abrangente e integradas não áreas ou disciplinas.
• Transversalidade: pretende integrar as áreas convencionais de forma a
estarem presentes em todas elas, relacionadas as questões da atualidade e
que sejam orientadores também do convívio escolar.
• Os Temas formam um conjunto articulado.
• TRANSVERSALIDADE: diz respeito, principalmente, a dimensão
didática. À possibilidade de se estabelecer uma relação entre aprender
conhecimentos teoricamente sistematizados e as questões da vida real e
de sua transformação.
- promove uma concepção abrangente dos diferentes objetos de
conhecimento, bem como a percepção da implicação do sujeito de
conhecimento;
- Abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares.
• INTERDISCIPLINALIDADE: refere-se a uma abordagem epistemológica dos
objetos de conhecimento. Questiona a segmentação dos diferentes campos
de conhecimento produzida por uma abordagem que não leva em conta a
inter-relação e influencia entre eles – questiona a visão
compartimentada (disciplinar).
FONTE: PCN – Temas transversais.
Eixos Metodológicos: forma. Função, estrutura e processo.
FORMA –De acordo com Santos, Forma é o aspecto visível, exterior,
de um objeto, seja visto isoladamente, seja considerando-se o arranjo
de um conjunto de objetos, formando um padrão espacial. Uma ca¬sa, um
bairro, uma cidade e uma rede urbana são formas espaciais em diferentes
escalas. Ressalte-se que a forma não pode ser consi¬derada em si mesma,
sob o risco de atribuir a ela uma autonomia de que não é possuidora. Se
assim fizermos estaremos deslocando a forma para a esfera da geometria, a
linguagem da forma, caindo em um espacialismo estéril. Por outro lado,
ao considerarmos isolada¬mente a forma espacial apreenderíamos apenas a
aparência, aban¬donando a essência e as relações entre esta e a
aparência.
FUNÇÃO:A noção de função implica uma tarefa, atividade ou papel a
ser desempenhado pelo objeto criado,a forma. Habitar, vivenciar o
cotidiano em suas múltiplas dimensões - trabalho, compras, lazer, etc. -
são algumas das funções associadas à casa, ao bairro, à cidade e à rede
urbana.
Não é possível dissociar forma e função da análise do espaço.
ESTRUTURA: inserindo a forma e função na estrutura social, sem o
que não captaremos a natureza histórica do espaço. A estrutura diz
respeito à natureza social e econômica de uma sociedade em um dado
momento do tempo: é a matriz social onde as formas e funções são criadas
e justificadas.
PROCESSO: é definido como uma ação que se realiza, via de regra,
de modo contínuo, visando um resultado qualquer, implicando tempo e
mudança. Os processos ocorrem no âmbito de uma estrutura social e
econômica e resultam das contradições internas das mesmas. Em outras
palavras, processo é uma estrutura em seu movimento de transformação.
Ressalte-se que se considerarmos apenas a estrutura e o processo
estaremos realizando uma análise a-espacial, não-geográfica, incapaz de
captar a organização espacial de uma dada sociedade em um determinado
momento, nem a sua dinâmica espacial.
Por outro lado, ao considerarmos apenas a estrutura e a forma estaremos
eliminando as mediações (processo e função) entre o que é subjacente (a
estrutura) e o exteriorizado (a forma). Como afirma Santos:
FONTE:
CORREA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da geografia. In: Gegrafia: conceitos e temas..
Conceitos básicos - Fonte: PCN – Ensino Médio
Conceito Concepção norteadora Elementos de aprofundamentos
Espaço geográfico
Conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios,
ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção,
circulação. consumo de mercadorias. relações familiares e cotidianas)
que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele
produzem, lutam, sonham. vivem e fazem a vida caminhar. (Milton Santos)
O espaço é perceptível, sensível, porém extremamente difícil de ser
limitado, quer por dinâmica. q pela vivência de elementos novos e
elementos permanência. Apesar de sua complexidade,ele apresenta
elementos de unicidade. Interferem mesmos valores, que são atribuídos
pelo próprio humano e que resultam numa distinção entre espaço absoluto -
cartesiano - uma coisa em si mesmo, independente; e um espaço
relacional que apresenta sentido (e valor) quando confrontado outros
espaços e outros objetos.
Paisagem
Unidade visível do arranjo espacial, alcançado por nossa visão.
Contém elementos impostos pelo homem por me de seu trabalho, de sua
cultura e de sua emoção. Nela se desenvolve a vida social e, dessa
forma, ela pode ser identificada informalmente apenas mediante a
percepção, mas também pode ser identificada e analisada de maneira
formal, de mo seletivo e organizado; e é neste último sentido que a
paisagem se compõe como um elemento conceitual de interesse da
Geografia.
Lugar Porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e cria identidade.
Guarda em si mesmo as noções de densidade técnica, comunicacional,
informacional e normativa. Guarda em si a dimensão da vida, como tempo
passado e presente. É nele que ocorrem as relações de consenso.
Conflito, dominação e resistência. É nele que se dá a recuperação da
vida. E o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente.
Território
Porção do espaço definida pelas relações de poder, passando assim da delimitação natural e econômica para a de divisa social.
O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria
relação de territorialidade. que se constitui em outro importante
conceito da Geografia. Ela se define como a relação entre os agentes
sociais políticos e econômicos, interferindo na gestão do espaço. A
delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio
e apropriação nele instaladas. É, portanto uma porção concreta. O
território pode, assim, transcender uma unidade política, e o mesmo
acontecendo com o processo de territorialidade, sendo que este não se
traduz por uma simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob as
relações variadas, desde as mais simples até as mais complexas.
Escala
Distinguem-se dois tipos ou duas visões básicas: a escala cartográfica e
a escala geográfica. A primeira delas é, a priori. uma relação
matemática que implica uma relação numérica entre a realidade concreta e
a realidade representada cartograficamente.
No caso da escala geográfica, trata-se de uma visão relativa a elementos
componentes do espaço geográfico, tomada a partir de um direcionamento
do olhar científico: uma escala de análise que procura responder os
problemas referentes à distribuição dos fenômenos.
Para a escala cartográfica, é essencial estabelecer ¬os valores
numéricos entre o fato representado e a dimensão real do fato ocorrente.
No entanto, essa relação pode pressupor a escolha de um grau de
detalhamento que implique a inclusão de fatos mais ou menos visíveis,
dentro de um processo seletivo que considere graus de importância para o
processo de representação.
No caso da escala geográfica, o que comanda a seleção dos fatos é a
ordem de importância dos mesmos no contexto do tema que está sendo
trabalhado. Há, nesse caso, uma seleção efetiva dos fatos a partir dos
diversos níveis de análise, que já se tentou agrupar em unidades de
grandeza, o que pode ser discutível.
e redes
O fato gerador é o processo de globalização, que corresponde a uma etapa
do processo de implementação de novas tecnologias, que acabaram por
criar a intercomunicação entre os lugares em tempo simultâneo. Para sua
ocorrência, torna-se fundamental a apreensão das técnicas pelo ser
humano e a expressão das redes. que não se restringem à comunicação, mas
englobem todos os sistemas de conexão entre os lugares. A globalização é
basicamente assegurada pela implementação de novas tecnologias de
comunicação e informação, isto é, de novas redes técnicas que permitem a
circulação de idéias, mensagens, pessoas e mercadorias, num ritmo
acelerado, criando a interconexão dos lugares em tempo simultâneo.
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